Márcia Schmaltz*
Dois meses esperei para decantar o turbilhão de emoções suscitadas pela leitura de “Três Irmãs”. No livro, o inesquecível são as personagens femininas e o ritmo fluente da trama na justa medida.
A novela apresenta uma saga familiar impetuosa em três atos. Das insignificantes infidelidades numa aldeia perpassando a Revolução Cultural até à Reforma e Abertura, as mulheres da obra lutam por mudar o curso de seus destinos.
A narrativa inicia com o nascimento do oitavo rebento da família Wang. Depois do período de resguardo, Shi Guifang, a matriarca dos Wang sente-se cumpridora do seu dever de perpetuar a linha ancestral de seu esposo e joga o filho recém-nascido ao colo de Yumi, a filha mais velha e a mulher-modelo da aldeia. Esta logo assume o papel de dona do lar, abdica da sua juventude em troca de algum poder de controle na família e barganha para decidir…
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